Ilustração de Jorge Mascarenhas
Me
perdoe por te trair,
Me
perdoe pelas inúmeras vezes que fui dormir sem dizer um eu te amo
E
pelas vezes em que sequer te dei bom dia.
Me
perdoe por não dar a devida atenção para as suas pequenas conquistas.
Me
perdoe por não te perdoar,
Por
não te amar como gostaria,
Me
perdoe por criticar duramente os teus defeitos,
Me
perdoe por voltar para quem nunca te valorizou,
Me
perdoe por te alimentar de ilusões e depois te destruir, te culpar, te ferir.
Me
perdoe por não confiar na sua capacidade,
Me
perdoe por não te levar pra jantar no seu restaurante preferido da cidade,
Me
perdoe por te alimentar mal,
Me
perdoe por te ignorar quando você grita.
Me
perdoe por te calar,
E me
perdoe...
Me
perdoe por eu não te achar tão bonita,
Me
perdoe por não valorizar o teu reflexo no espelho e o teu impacto no mundo.
Neste
quarto mudo,
Neste
mesmo espelho me pego pedindo perdão
E me
perguntando;
Como
pude fazer tão mal a mim mesma?
Me
perdoe, antigo eu.
Assim,
encerro com o perdão e a promessa de amar,
Acima
de tudo,
Quem
não vai me abandonar,
Apesar
de tudo.
Jaqueline Camargo, poetisa e estudante de Psicologia
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