Poesia nasce a quem sente
E converte emoção em grafia.
Versando em sua mente vigente,
O poeta tece em harmonia.
Poesia nasce na alvorada da alma,
Onde as brechas das paixões humanas ganham vida.
É chama linguística que, ao queimar, nos acalma.
É a essência da palavra, então polida,
Que cativa em lindos versos e se destaca,
Podendo ser tudo, temendo ser nada.
É lira que semeia o coração e enfloresce o espírito;
Proclamação universal de pensamento irrestrito.
Faz da angústia uma boa aliada, e a tira da realidade,
Transformando-a na beleza singular de uma exímia arte,
Ganhando espaço entre o amor e a amizade,
Encontrando o seu valor e deixando a contraparte.
É pérola que escapa da concha e sobe à superfície,
Encanta o mundo todo e o distrai de sua imundice.
Arrepia a pele da menina, alegra homens tristonhos
E devaneia amores impossíveis e segredos que ninguém sabe.
Deixe para trás todos os seus preceitos mais enfadonhos
E venha conosco, sob as estrelas, antes que o mundo se acabe.
— Poesia nasce na morada dos sonhos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário